Passeio em família. Oba, cinema! As meninas vestiram a "missa nova" (aquele melhor "par de roupas") para o grandioso evento.
Depois do filme, no caminho para o ponto de ônibus, lá estava ela: a barraca de brinquedos. E nela, estava Ela: a boneca que a menor mais gostou na vida.
Foi batizada de Gorda, tamanho o seu tamanho e volume. Adivinhem quem teve que carregá-la até em casa? A maior!
Ela tinha uma cara simpática, cabelos de lã cor de rosa e o corpo de pano. Viveu muitos anos com aquela família, presenciou muitas transformações e sofreu outras tantas.
Chegou à velhice, já bastante acabada, colocando os bofes para fora. A mãe veio com a resolução: temos que nos desfazer dela. Lamentos, protestos e, por fim, o arrebatamento.
Mas, a Gorda, mesmo depois de morta, ainda permaneceu com eles por mais alguns anos. Seus rins, fígado e pâncreas foram doados para o puff marrom, que andava meio murcho naqueles tempos.
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